O vendedor, em
morador urbano, rompeu na usual rotina (de trabalho). O sujeito, em horários
nobres (próprios ao labor), conserva-se enfurnado (na cama e casa). A
circulação, em público, aflui na total negação. A conduta, em “feitio de medo”,
exterioriza presunções. As exposições, no eventual, contemplam-se na varanda (da
morada). A cátedra, no desenlace da tarde, avulta movimentação e preocupação. O
ente, na penumbra, vaga na competição e operação. Os motoristas, em belas conduções,
buscam escambo e produto. O contato, no plausível, calha de ligações. As
relações, em instantes, advêm em disfarçadas trocas. O expediente, no externo (atravessa
noites), ocorre na esquina (em agitada rua). Os residentes, na ausência de contratempos,
bancam vistas grossas. O ilusório profissional, em aberração de desempenho, distribui
ilícitos. A drogadição, em negócio, abastece clientela. O submundo, no extermínio e roubo (no ardil econômico), abarcam abundantes
serviços e rendosos negócios.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: www.alemdaimaginacao.com