O cidadão, na tenra
idade, foi criado nas colônias. Este, depois de décadas de trabalho na
construção civil, aposentou-se da dura sina. O destino, para velhice, foi residir
numa praia!
Há algumas centenas
de metros instalou-se do mar. A família adquiriu alguma inóspita área. As
melhorias, em poucos meses, transformaram o adverso cenário dos terrenos!
Um ocupado com
moradia, jardim e pomar! Outro no cultivo das plantas. Os naturais, em função
da comum maresia e estéril solo, diziam ser perda de tempo insistir em plantações!
O construtor, com singelo
muro, improvisou proteção. O solo arenoso, com reforço em matéria orgânica,
viu-se vigorado. As culturas, num oásis, passaram a crescer e frutificar!
Abóbora, aipim,
batata, cebola, chuchu, melancia, pimentão, tomate, temperos, vargem produziam
de forma abundante. O milagre instalou-se no modesto balneário!
Os visitantes, na
milagrosa lavoura, admiravam-se da abundância e variedades de espécies. O
exemplo mostrou-se ensaio para outros ousados empreendedores e inovadores!
O conhecimento e trabalho,
através das milagrosas mãos, instalaram a revolução! O consumo, de artigos
alheios aos agrotóxicos, “ganharam coragem e sabor na degustação”!
O indivíduo, em terras brasileiras, “plantando sempre dá”.
A natureza ostenta-se generosa e milagrosa para quem dispensa atenção e
trabalho!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano
das Vivências”
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