Os
filhos das colônias, migrantes do campo, achegaram-se às cidades. As
dificuldades, de toda ordem, eram acentuadas e enfrentadas. O dinheiro ostentava-se
aos centavos!
O
aluguel revelou-se oneroso. O deslocamento advinha demorado. O trabalho
tornou-se persistente. A grana via-se avolumada nas migalhas. As contragotas
somaram fortunas!
A
economia, nas horas extras e picos, mantinha-se filosofia. A solidariedade
ostentava-se princípio nos relacionamentos. Cortesias e visitas eram mútuas
entre familiares!
As
melhorias fizeram-se sentir no tempo. As famílias foram constituídas. As compras,
em bens, moradia e terreno, foram primazia. O carro, no inflamado ego, entrou
na conta!
Os
filhos conheceram a qualidade na formação e trabalho. A opulência, na
concorrência, instalou brigas e intrigas. As famílias afastaram-se do convívio
e visitação!
A
competição gerou desconfianças. Os membros trataram de cuidar das respectivas
vidas. Aparentados e próximos, nos desencontros e tempo, pareciam aparentes estranhos!
A riqueza
individualiza e petrifica as pessoas. A fartura material abstém-se de ser
sinônimo de felicidade e realização!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Barras-de-ouro/