O clã, na reunião (anual
e familiar), andou na acirrada divisão e implicação. As famílias, em cunhados, “intrusos”,
manos e rebentos, convivem na complicada coexistência e concurso. As concorrências,
em múltiplas maneiras, salientam-se nos comentos e recriminações. Os protótipos,
em contendas, ligam-se no acúmulo de riqueza, apropriação de ofício, circulação
no modelo (em carro), expansão de patrimônios, formação dos filhos... As
implicâncias, em ciúmes e invejas, ascendem nas diferenças de costumes,
crenças, interesses... Os resultados, na desunião, sobrevêm na progressiva alienação
e retração. As visitas, no contínuo, acodem em forçosas e incomuns. As
confraternizações, em causais, convivem com propositais ausências. A realidade,
no decurso das ocorrências, delineia em “cada qual seguir seu rumo”. As
famílias, em afastadas e amplas, caem em alianças e cismas. O meio urbano, em
múltiplas chances, favorece afluências e cisões. A inveja, no convívio, advém em “triste moléstia”.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
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