“Antes de prosseguir em meu
caminho e lançar o meu olhar para frente, uma vez mais elevo, só, minhas mãos a
Ti de quem eu fujo. A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado
altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar. Sobre
esses altares estão gravadas em fogo palavras: ‘Ao Deus desconhecido’. Teu, sou
eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrilégios. Teu, sou eu, não
obstante os laços que me puxam para o abismo. Mesmo querendo fugir, sinto-me
forçado a servir-Te. Eu quero Te conhecer, desconhecido. Tu, que me penetras a
alma e, qual turbilhão, invades a minha vida. Tu, o incompreensível, mas meu
semelhante, quero te conhecer, quero servir só a Ti”.
Friedrich Nietzsche
(1844 – 1900)
Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Portrait_of_Friedrich_Nietzsche.jpg