Uma cidadã, muito detalhista
e metódica, contratou os serviços duma equipe de trabalho. Uma gama de
melhorias e reformas fariam-se necessárias na casa e terreno. Pediu valores (cobrados)!
Ocorreu acerto e colocou os materiais de construção a disposição.
Os diversos profissionais,
carpinteiros, pedreiros e serventes (com a escola prática da vida), deram início
aos trabalhos de reformas. A dona, para não atrapalhar e incomodar, procurou estar
ausente (uns bons dias). Queria distância da bagunça, do entra e sai, poeira
dos encargos... O pessoal labutava a belo prazer e coordenados pelo responsável
(do acerto). Os dias e semanas transcorreram! Adveio a necessidade de averiguar
os resultados dos investimentos e trabalhos. A dona, num primeiro momento, admirou-se das
mudanças. Olhou e começou a vislumbrar os detalhes. Algumas reformas
chocaram-lhe pela péssima qualidade dos serviços.
Esta daí
conscientizou-se duma velha realidade. “O olho do patrão engorda o boi”. A
necessidade de estar presente na proporção de fazer investimentos. As obras
evoluíram com maior qualidade e rapidez. Nada de maiores desleixos e penduricos!
Alguns equívocos cedo foram cobrados e reparados. Os esclarecimentos, na
proporção de haver dúvida em meio ao andamento das obras, tornaram-se possíveis.
Nada de maiores adivinhações e improvisações. Os funcionários, entre cochichos,
cedo concluíram: “-Quê mulher mais chata! Uma impertinência em pessoa! Coloca xaropona
(chata) nisso! ‘Onde fomos amarrar nosso burrico!’”...
Ao investidor, a velha lógica trabalhista, consiste: “- A
presença do dono enobrece a produção” ou “a ausência dos gatos atiça a ousadia
dos ratos”. Acompanhar e vigiar os interesses é sinônimo de economia, eficiência
e sabedoria. Ganhar dinheiro dificilmente ostenta-se moleza. Muitos, inúmeras
vezes, precisam ouvir aquilo que nem merecem e assumir desleixos alheios em
função de necessidades monetárias.
Guido Lang
Livro “Singelas
Histórias do Cotidiano da Vida”
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