O sujeito, em indenizado
operário, convivia em alusões e glórias. As falas, na família, acorriam nas banais
menções. Os costumes, nos passeios, viam-se engrandecidos e invejados. Os obséquios,
no variável feitio, caíam em combinados e promovidos. As turnês, em parentes
distantes, acudiam em frequente data e mutável roteiro... A vida, na folia, caía
em persistidos comes e aprazas. A bela camioneta, no agrado, aliava compartes e
caronas. Os escambos, em tráficos (distantes), conduziam nas massivas compras e
recomendas. As pescas, em remotas paragens, submergiam distração e estação... O
fato, em parca época, alterou-se no todo. O benefício, no contínuo arrocho, diminuiu
ganhos. As reservas, em ínfimas, viram-se combalidas. A arte, na pouca grana, caiu
em “diminuir-se nos cantos e recantos”. As aventuras, em economia, viram-se subtraídas.
Os obséquios, em cobertura, calharam na precisão. A estada, na casa, notou-se acrescentada...
A pessoa, na estima, acode no alcance da
grana.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://euestoudirigindo.blogspot.com.br/