O colega, na laia de empregado,
andava no carro velho. O acanhado fusca, no curto curso das idas e vindas, enchia
as precisões dos deslocamentos. O estacionamento, na frontal do prédio, caía no
espaço e horário do expediente público. A ocorrência, na certa manobra, acorreu
no xingamento da colega. O mau humor, na hora, conduziu ao comento. O carro
novo, na saída, viu problema. A fala mal, na raiva, consistiu: “Tira daqui essa
velha lataria!”. O proprietário, na instrução e resignação, relevou teatral
indiferença. A briga e intriga, no local dos convívios e fainas, sobrevêm na
chateação e irreflexão. A artífice, na ação, caiu na amnésia. O tempo decorreu
na agitação e pressa. A cuja, no sensato tempo, adveio no arrojo e precisão. A obrigação,
nas cotas do veículo, exigiam crédito e suprimento financeiro. O amigo, no esquecimento,
viu-se requerido. O pedido, no instante, lembrou-se do ocorrido. A recusa caiu
no instante. “O sujeito externa agravas,
esquece ato; a pessoa ultrajada espera ocasião”.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
Crédito da imagem: http://carros.cozot.com.br/