O filho das colônias,
cidadão urbano-rural, improvisou revolução no sítio. O caminho de roça, na alongada
e apertada propriedade, recebeu obstrução. O matagal, na exuberância, havia
tomado o rumo. Arbustos crescidos e galhos caídos impediram a rápida
circulação.
Os aproximados mil e quinhentos
metros, no arrasto de foice e motosserra, induziram ao “respeito e receio ao decurso”.
O emaranhado, dentre cipós, galhos e troncos, auferiu corte. O acesso, entre máquinas
e pedestres, renovou as idas e vindas dos humanos.
O rebento, na qualidade
de continuador e sucessor da riqueza, acabou chamado ao auxílio e ciência da empreitada.
A assimilação, no gosto e técnica, adveio no serviço ímpar. A informação, na dimensão
do experimento, coloca afeição e valorização ao domínio.
A memória, na paisagem,
relata a abertura das velhas picadas. Os colonizadores, na condição de
ancestrais, embrenharam-se na floresta original. As trilhas, no desenrolado das
décadas, deram origem às estradas. Os esteios, no progresso, foram disseminados
no feitio.
A vegetação, na obstinação,
busca retomar o habitat original. Escassos anos, na preguiça, induzem crescimento
dos bosques. Os aclimes e baixadas constatam-se ocupados no verde escuro. A
fauna e flora agradecem no cochilo. O solo arável requer ciência e trabalho.
O colono,
na extração do alimento, obriga-se na luta da conservação dos cultivos. O fácil
e rápido acesso garante aproveitamento e extração dos recursos.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
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