A crise econômica, no
descalabro (dos empregos e empresas), incide no retorno às envelhecidas ciências
e habilidades. As iniciativas, em serviço, ocupam garagens, moradas e puxados.
As famílias, no inserido urbano, apelam às decorridas vocações. A noção, na cancha
e memória, incide no “reinvento de ofícios”. As técnicas, em incipiente negócio,
afluem em atelieres, barbearias, confeitarias, funilarias, mercearias, salsicharias,
sapatarias... Os dotes, em microempresas, atendem modestas precisões. O comércio,
em venda miúda, calha nos amigos, parentes, vizinhos... A razão, na
globalização e neoliberalismo, visa cunhar opções de sustento. Os salários
milionários, em burocratas e técnicos, andam em abreviados e calculados dias. O
lema, na aptidão, versa na própria invenção e reinvenção. O trabalho, no
emprego (dos familiares), esquiva das pesadas obrigações (trabalhistas). A condução,
ao trabalho, brota restrita. O engenho,
no ganho financeiro, confere demonstração da inteligência e sabedoria.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://www.sindicatodaindustria.com.br/