As crianças, na sorte grande, nasceram no fausto e
riqueza. Os pais, em bem sucedidos empresários, oferecem “o céu na terra”. O
dinheiro, no par de filhos, compra as “mordomias do consumo”. A grana, no avultado,
carece de ser dificuldade, porém solução dos problemas. Os seres, na circunstância
do convívio (urbano), coexistem no enclausurado. A família, nas necessidades, “apanha
e larga na garagem do prédio”. O veículo, no blindado, conduz nas múltiplas
direções. As saídas, no exemplo das andanças em parques e ruas, incidem na
completa inviabilidade. O convívio, no interior do condomínio, cai no destino.
O receio, na descomunal guarida, sobrevém da segurança. A fobia, em sequestro
relâmpago, acode na imaginação. A alastrada criminalidade, na incerteza, condena
adotar cuidados. A estirpe, na fortuna empilhada, teme atuação da bandidagem. A
liberdade, na facilidade das saídas e vindas, acorre em aspirações. Os aforados, no habitual, convivem na agonia
da solidão.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://www.finocredito.com.br/
Imagem meramente ilustrativa.