O
jovem, filho das colônias, tentou ariscar a sorte na cidade grande. O trabalho
braçal, na lavoura, seria substituído pela suave jornada urbana! A labuta prometia
ganho certo!
O
fulano, na empresa de calçados, empregou-se como mão de obra. A tarefa, na
linha de produção, seria uma constante e ininterrupta repetência! O homem
via-se como máquina!
A
ocupação, por semanas, meses ou anos, prometia o exercício da exclusiva função.
Os amigos e conhecidos, na minguada renumeração, submeteram-se a estafantes jornadas!
O
processo de fabricação, em nenhum momento, acabaria assimilado na confecção. O
emprego, na prática, induzia o cidadão à atrofia mental. Aquela idêntica rotina
suceder-se-ia!
A
situação, no exclusivo e único dia, viu o camarada no emprego e trabalho. O
jeito, na ambição maior, consistiu em retornar provisoriamente as tarefas da
lavoura!
A
ideia, de autônomo profissional, havia sido pensada na tenra idade. O dinheiro,
nas escassas privadas economias, foi empregado para enveredar no auto negócio!
A
condição de subalternos vê-se rejeitada por muitos. Estes, nas ambições,
carecem de comercializar a força de trabalho. Cada qual precisa descobrir e
seguir seu norte!
Os filhos, criados como
donos do próprio nariz, carecem de sujeitar-se a condição de semiescravos. A
vida revela-se uma contínua corrida atrás do dinheiro e sonhos!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://blogdojorgeamorim.com.br/