Um certo pai, na
proporção de ter constituído família, cedo assimilou uma realidade. Ele não
podia mandar os rebentos à roça, enquanto ausentava-se. Precisava tomar a
iniciativa de tomar a frente. Determinar
tarefas e ensinar as formas de trabalho. Os filhos, estando como auxiliares,
produziam como reforço à produção. A
agricultura de subsistência familiar revelava-se o meio de sobrevivência.
Todos, em função das dificuldades familiares, necessitavam auxiliar no bem
estar. Prevalecia o princípio básico: “Onde todos labutam um pouco, ninguém trabalha
demais”.
O idêntico aplica-se a quaisquer
realidades produtivas. As chefias precisam zelar para o pleno funcionamento da
máquina produtiva. Os principais precisam tomar as iniciativas para as
atividades fluírem! O professor para aprendizagem acontecer! O criador ocupar-se
com o bem estar dos animais (com vistas de produzirem carnes, leite e ovos). O
plantador acompanhar o desenvolvimento das culturas (para verificar
deficiências e aumentar a quantidade de grãos)... Pode-se, em síntese, dizer: “Não
dá para ganhar uma guerra com o soldado no front e os superiores nas
trincheiras”.
Este fato, com a burocracia do Estado
brasileiro, verifica-se no desenvolvimento nacional. Os governos, nas três
instâncias (municipal, estadual e federal), colocam empecilhos à produção.
Criaram uma gama de dificuldades com a legislação. A preocupação consiste em arrecadar e taxar
em detrimento de ser exemplo de eficiência e racionalização dos recursos
públicos. O Estado, nas diversas esferas, deveria mostrar-se uma espécie de
pai, que torna as iniciativas para o bem estar (grandeza nacional). O cidadão,
como numa família, precisa ter um modelo de referência. O governo, no
cotidiano, é este (“exemplos falam mais do que mil palavras”).
O Brasil, para ser uma potência
mundial (no Índice de Desenvolvimento Humano), precisa avançar na eficiência
das estruturas públicas. Colocar-se como auxiliar e coordenador de quem almeja
empreender e produzir. Mostrar um norte,
decidido e firme à população, rumo à grandeza da maturidade das instituições e
melhoria da qualidade de vida.
Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)
Crédito da imagem: http://www.brasilazul.com.br/rio-de-janeiro-apart-hoteis-hotel-A.htm