O ancião e o moço, na
classe de filhos e vizinhos das colônias, depararam-se na venda. A conversa, na
permuta de ciências e juízos, assumiu curso no convívio. O descanso, na distração,
apontou consumido no esboço e exame agrário. O assunto, nas condições e
viabilidade da agricultura familiar de subsistência, adentraram no debate e ponderação.
O baixo preço, na venda da produção, sugeria instituir falência. As
propriedades minifundiárias, na aquisição da produção pelos intermediários, aconteciam
na qualidade de insustentáveis. Os colonos, no arado e braço, ralavam no esforço
e prejuízo. As sobras, na receita, caíam inexpressivas (aos centavos). O jovem,
no desalento do ofício, incidia na abdicação ou temor da bulimia. O senil, na ampla
sabedoria, apontou dedo no adereço da mão e mente. O sentido, na mímica, apregoara:
“Quem labuta e pensa carece de perpassar fome”. O laborioso, em qualquer ambiente e recinto, achega-se em apropriada e
operosa hora.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
Crédito da imagem: http://blogs.diariodepernambuco.com.br/espacodaprevidencia/?p=1401