As campanhas políticas
andavam de vento em pompa! A indefinição política estabeleceu-se! Os eleitores
tomavam partido de determinado candidato ou facção! A paixão acirrava-se assim
como os embates dos comentários. Os comícios e as reuniões políticas,
como forma de ouvir propostas das correntes partidárias, sucediam-se em bairros
e localidades. Uns degladiando-se para ficar/manter e outros assumir/chegar ao
poder (em função dos polpudos empregos/salários e a administração/gerenciamento
do caixa de milhões da municipalidade). As “artimanhas e podres”, de ambos os
lados, tomaram forma assim como mútuas afrontas e fofocas. Os temas
comunitários ganharam o debate e a devassa. Avaliavam-se e debatiam-se o
atendimento nos postos de saúde, benefícios/incentivos fiscais oferecidos,
estado das estradas/ruas, qualidade da educação/escolas...
Os moradores, a grosso
modo, conheceram as preferências partidárias das vizinhanças. O voto mostra-se
secreto, porém alguma afirmação/comentário vaza e revela as reais
intensões/preferências eleitorais. Os candidatos, proibidos de forma
expressa (pela Justiça Eleitoral), trataram de “proporcionar favores e mimos”.
A história da reeleição faz a “máquina pública funcionar e trabalhar a contento
e a todo vapor”. Caminhões de brita e saibro, trabalho de máquinas (nas
lavouras e pátios), terraplanagem e aterro fazem muita diferença no desfecho da
disputa duma campanha. "A balança tem de a pender à direção da
situação". A coisa acirra-se no desfecho do pleito. Instala-se “o deus nos
acuda!” Os candidatos, de colegas de agremiação/coligação, avançam e tiram
eleitores de amigos e parceiros (“salve-se quem puder”). Aquela história “em
tempos de guerra, fofocas por terra, mar e ar”. O desfecho da disputa
constitui-se alegria de poucos e “cara caída e desânimo/ frustração de
muitos”.
Uma senhora, com o
conhecimento empírico e a sabedoria de gerações, externou a tradicional
realidade colonial. Esta, na sua ciência e modéstia, disse: “- Não importa quem
ganha, beltrano ou fulano, oposição ou situação, coligações ou partidos...
Sabemos da nossa realidade! Precisamos, como trabalhadores (da base da pirâmide
social), labutar para ter algum patrimônio; manter funcionando a engrenagem
pública, sustentar as necessidades... O suor, `do cidadão do chão de fábrica´,
sustenta a gama dos serviços públicos (em gabinetes e prédios). A real
riqueza começa no cotidiano das propriedades! As indústrias e serviços
funcionam a contento na proporção de haver produção de carnes, cereais, leite,
ovos... A economia, através dos séculos (de administração e estudos), sempre
foi assim e certamente continuará! O homem do campo necessita labutar, muito e
pesado, para criar alguma sobra. Quem espera pelos favores e mimos dos
políticos encontra-se fadado a frustração e insucesso. Estes, pela
experiência, ‘zelam pelo seu umbigo’. As campanhas, no interior, servem como
belo ingrediente para gerar desconfiança e intrigas entre vizinhanças. Os
políticos, nos gabinetes e pleitos próximos, são aliados/parceiros e os
moradores mantém-se brigados/intrigados por velhos desafetos partidários".
A lucidez de uns chama atenção pela extrema sabedoria. Quem confia em políticos encontra-se “em maus lençóis”. O setor primário alimenta as bocas, por isso continuará sendo o esteio da grandeza das nações. Nunca é demais ouvir a experiência alheia! Nada de maiores inovações e novidades debaixo desse sol velho!
A lucidez de uns chama atenção pela extrema sabedoria. Quem confia em políticos encontra-se “em maus lençóis”. O setor primário alimenta as bocas, por isso continuará sendo o esteio da grandeza das nações. Nunca é demais ouvir a experiência alheia! Nada de maiores inovações e novidades debaixo desse sol velho!
Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)
Crédito da imagem: http://www.facebook.com/conceptviagens