O calor de verão, a
semelhança dum clima desértico (quente), abate-se de forma dolorosa! Os seres,
de maneira geral, procuram sombras. As pessoas, nestes instantes, conhecem a
importância das árvores. Elas, em meio à inclemência (solar), oferecem um
ambiente ameno/umedecido. Uma diferença acentuada comparada “as fervuras das selvas
de pedra” (cidades - onde os aparelhos de refrigeração não vencem de criar ambientes
climatizados). O calor mostra-se impregnado nos materiais (asfalto e concreto).
Os humanos, nas suas construções de alvenaria/impróprias, disputam/procuram
lugares frescos (para safar-se do inóspito).
As formigas, de
maneira geral, ensinam um nobre exemplo. Algumas variedades, na proporção do
ambiente impróprio, refugiam-se no interior da terra. O calor aumenta e elas
afundam-se mais alguns centímetros (solo adentro). Outras, diante da
adversidade, labutam somente nos horários mais propícios. Estes ocorrem nas primeiras
horas das manhãs e noites. Procuram, nos horários quentes, ocupar-se “com os
expedientes internos dos ninhos”. Encargos, para manter a sobrevivência da
comunidade, não devem faltar. Afinal, quem habita bilhões (de anos neste
planeta) deve ter assimilado lições básicas.
Um comportamento
assemelhado ocorre com certos colonos. Estes, com sua brancura, possuem sérios
problemas de pele. O câncer (de pele), ao longo da história, tem sido um
flagelo de muitos. Inúmeras famílias perderam ancestrais (na proporção da
excessiva exposição solar). Manchas, nos tecidos, são outra realidade
corriqueira. A tez branca cedo ostenta estas inconveniências. A solução, como
sabedoria de vida, consiste nos cuidados com a exposição. Crianças, nas
colônias, cedo são orientadas: “Sair do sol!”, “Abrigar-se da inclemência!”,
“Evitar horários de calor!”... Histórias de imprudência não faltam nos relatos.
Os protetores solares, na onda da modernidade, não dão conta dessa inclemência
solar. A carência de água, a cada verão, parece acentuar o calor e aumentar sofrimentos.
Sabe-se, pela experiência, do astro rei acabar com quaisquer artefatos (na proporção
da massiva exposição). Os humanos, com eventuais abusos, não fogem a regra.
Inúmeros coloniais,
além de usarem roupas compridas e chapéus largos para safarem-se dos raios,
valem-se de outro ensinamento. Estes imitam a sabedoria das formigas. Os
rurais, na calada da manhã, procuram atender as exigências do trabalho. Algo
idêntico ocorre no cair das tardes. Aproveita-se os momentos mais frescos do
dia para produção externa. Os horários impróprios, das onze às quinze horas,
refugiam-se no interior das construções. Aproveita-se o espaço de tempo às
tarefas internas (caseiras), convivência familiar, almoço, sesteada, negócios (na
cidade)... Evita-se a exposição e poupa-se dos transtornos na velhice. Os
maquinários modernos, com ar condicionado e teto, vem redimensionando, em
parte, os hábitos. Algum ambiente fresco costuma ser comum nalgum canto ou
recanto da casa e pátio. O porão, nesta época, assume ares de divino (ostenta-se
continuamente fresco).
Certos ensinamentos perpassam as espécies. Quem cuida da
saúde na mocidade, menos “remendo” costuma fazer na velhice. Os espertos tratam
de aprender com quem revela-se especialista/profissional. A exposição
excessiva, a inclemência solar, deixam as pessoas com aparência de velhos.
Guido
Lang
Livro
“História das Colônias”
(Literatura
Colonial Teuto-brasileira)
Crédito da imagem: http://gentebacana.wordpress.com/category/posse-responsavel/