As mães geralmente
possuem acentuado sexto sentido. No transcorrer da vida, o tempo confirma o
anunciado e vislumbrado como profecia!
Desde tenra idade,
uma genitora acompanhava a singela mania do filho. Este no primeiro descuido e
a todo instante via-se pendurado nas alturas!
A recomendação foi:
“- Filho! Desce dali! Algum dia vais cair e espatifar!” Na teimosia juvenil, o
aconselhamento fora simplesmente ignorado e inútil!
Anos depois, na
avançada idade, a matriarca partiu ao descanso. Em meio à coragem e habilidade
de escalar, o camarada um dia enveredou na construção civil. Obras e trabalhos
somaram-se!
O corte de árvores
(como bico) via-se noutra tarefa. Plantas viam-se ceifadas e podadas as
centenas nas cidades e interiores. O corte incluía arriscadas subidas!
Gigante entre prédios
e quadras, o pinheiro exigiu o desgalhamento. As normas de segurança no
trabalho foram empregadas na tarefa. O indivíduo, no entanto, ousou demais no
desafio!
A fatalidade foi o suficiente
numa exclusiva escorregada. O trabalhador caiu das alturas a base quebrando-se
no chão. Depois de cinco décadas, o temido prenúncio confirmou-se! A profecia
cumpriu-se ao pé da letra.
As mães possuem
desenvolvida sensibilidade. Estas conhecem as virtudes e vicissitudes dos
frutos de seus ventres. Ouvir revela-se nobre sabedoria!
Os abusos e exageros
embutem os germes da morte no cidadão. Em momentos e situações, um modesto e
único cochilo revela-se o último!
Guido Lang
“Contos
do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.oficinamix.com.br/page/1160/