A carne e o leite, por
alguma oscilação econômica, encontram-se com preço convidativo (aos
produtores). O capricho e a dedicação as aves, bovinos e porcos estendem-se
pela propriedade. As esperanças, de desta vez “chover na horta do colono”,
renovam-se. Os sonhos dos investimentos e reinvestimentos podem tomar vulto (no
ambiente familiar e produtivo).
A empolgação cedo agita as
colônias. Ousados, vendo as possibilidade de ganhos, enveredam nos
negócios. Reúnem a poupança Apelam aos financiamentos. Procuram
edificar especiais aviários, chiqueiros e tambos. Adquirem matrizes (de
raça). Os preços disparam no cenário colonial. A tradição agrícola, em diversos
exemplos, precisa ser aprimorada. Aventureiros “pisam fundo no acelerador” dos
negócios primários. Alimentam uma inabalável esperança: “dessa vez vai dar”,
“vamos lavar a baia , “forrar a guaiaca”... Os preços elevados, da
venda da produção, sustentam-se alguns meses. Uma realidade temporária e daí
advém aquela decepção.
Os empreendedores torram
suas economias pessoais. Outros complementaram dispêndios com empréstimos. Os
preços declinaram com a super-oferta de produtos. Inúmeros produtores, com os
preços em conta, aumentaram ou enveredaram nos negócios agrícolas. As ofertas
multiplicaram-se. Os produtos, nos mercados, baixaram de preço. Investidores
ganharam menos pelos artigos. Inicia a “chiadeira e choradeira” com a
diminuição dos ganhos. Carne, carvão, leite, madeira e ovo caíram de cotação.
Os encargos, como insumos em geral, mantiveram-se nos patamares. Advém o
dilema: Como honrar/salvar as obrigações monetárias? Os juros multiplicaram-se
e os preços um marasmo. Uns, antes do imaginado, colocam a venda os
estabelecimentos. A precipitação levou ao desastre econômico-financeiro.
Os colonos, na histórica
tradição agrícola, assimilaram um princípio básico. Este versa de
paulatinamente enveredar em quaisquer negócios. Eles procuram ter
distância da afobação e precipitação. Estes conhecem as oscilações entre oferta
e procura. Os governos/diversas gestões, diante dos temores da inflação e
impopularidade/protestos, não deixam inflacionar os gêneros alimentícios
básicos. O poder de barganha, dos investidores rurais, ostentam-se restritos.
Algumas necessidades maiores cedo recorrem-se as importações. O malabarismo da
viabilidade financeira, duma propriedade de agricultura familiar de
subsistência, revela-se uma gestão de eficientes administradores e economistas.
“Calma, com algumas doses de galinha, nunca fez mal a ninguém”.
A história, através de
amargas experiências, ensina certas realidades aos produtores rurais. A
agricultura familiar exige muita contabilidade/ginástica administrativa, caso
contrário, não subsiste em função das estreitas margens de lucro. Os coloniais,
para manter a viabilidade financeira, pouco contabilizam sua mão de obra.
Precaução também é sinônimo de sabedoria.
Guido Lang
Livro “História das
Colônias”
(Literatura Colonial
Teuto-brasileira)
Crédito da imagem:http://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/agricultura-organica-e-seguranca-alimentar/agricultura-organica-e-seguranca-alimentar-13.jpg