A festa, na acertada
ocasião, avolumou as várias famílias (de irmãos). O pessoal, no outrora criado nas
colônias, achegou-se com enamorados, filhos e netos. O sensato parente, no residente
rural, aproveitou estação e viagem. O porta-malas, no ocioso lugar (do carro),
poderia transportar volumes. As frutas, em bergamotas, laranjas e limas, foram apanhadas
na chácara. A fartura, na descomunal produção dos pés (árvores), conduziria na decomposição
e desperdício. O sacolão, no abarrotado, foi colhido, enchido e transportado
nos itens. O provimento, em mimo familiar (no conjunto da carestia urbana), constituiu
doação (ao aconchegado parente). O presente, na inesperada cortesia, findou em
assombro e distinção. O ausente, na afeição, remeteu dádiva. O sujeito, em
circunstâncias, enobrece-se nas diferenças. O bem exteriorizado, no antecipado
tempo, multiplica-se na exultação e riqueza. Feliz aquela pessoa que pode doar-se
na abundância e amizade. “Faça o bem sem
olhar a quem”.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
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