O rural, na impensada
propriedade, acorreu na capacidade e oferta da compra. A dezena, em hectares,
acabou adquirida no peso do ouro. O afetuoso, na abundância de água e
privilegiada localização, entraram no investimento e elevaram importância. O lugar,
na qualidade de patrimônio (familiar), dispendeu as economias (em anos de jornadas).
As insônias, no débito, acresceram somas (em função de imprescindíveis empréstimos
e juros). O imóvel, no ajustado, absorveu sangue e suor. O comprador, no inicial
ato (posse), debruçou-se no singelo artifício e marco. A figueira nativa, na adjacência
do pátio, viu-se escolhida e implantada. A árvore, no magnífico encanto e espectro,
aponta avigorar lembrança dos fatos. A dificuldade, no abuso da aspiração e
consideração, incidiu no ônus da aquisição. A planta, no ciclo das gerações, assegura
resistir na recordação. A tradição oral, na coexistência, narra e reafirma
vivenciado. As insígnias, na herança
familiar, sedimentam afeições e apegos.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
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