O proprietário, há
dezena de anos, iniciou a colheita do eucalipto. As árvores, a beira da estrada
geral e próximas a rede elétrica, assombravam forasteiros e moradores pelo
tamanho!
Os cálculos, em meio
a variadas previsões de rendimento, consistem em centenas de metros. Os
compradores, aos poucos, aconchegam-se para arrematar a matéria-prima!
A quantidade, em
pedaços de madeira, revela uma incrível produção. O indivíduo, a título de
brincadeira, pode caminhar de um a outro pedaço de lenha por longa distância!
Um aparentado e
vizinho, em meio a abundância e fartura, quis meia dúzia de varas. O colonial, junto
aos cortadores, pediu pelo corte e valor da mercadoria!
O proprietário, de
bom coração e humor, foi gentil: “- Custam simplesmente nada! Como vou lhe
cobrar os modestos metros! Veja o milagre divino! As tenras mudas produziram
essa maravilha! Acerta unicamente o dispêndio dos cortadores!”
O beneficiado ficou boquiaberto
e estático com a generosidade e grandiosidade de espírito. Este, no sistema
onde todos querem comercializar e ganhar, desconhecia este tipo de procedimento!
O cidadão, na real, carece
de criar e produzir. Este, no máximo, reforma ou reproduz! Os artigos decorrem
da criação e doação divina! O
trabalhador, como instrumento, mostra-se ferramenta das evoluções e realizações
maiores!
“Uma mão, como cortesia, lava a outra; as duas, no
cotidiano, abençoam muitas outras”. O dinheiro, apesar de ser imprescindível à
vivência, carece de ser a essência dos relacionamentos!
Guido Lang
“Pérolas
do Cotidiano das Vivências”
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