O
eucalipto, originário da Austrália, foi introduzido nas terras da América Meridional na época das Marias Fumaças (1870-1960), quando foi cultivado ao longo do
trajeto das ferrovias. O objetivo era de fornecer lenha às máquinas de
combustão vegetal.
A planta, com o tempo, ganhou outras utilidades, quando deu matéria-prima aos fornos (de carvão vegetal) e madeireiras. O plantio tornou-se abundante e dominante nas encostas dos morros e baixadas em inúmeras propriedades minifundiárias.
Os filhos e netos abandonaram o meio colonial e a solução foi dar uma viabilidade financeira, futura, aos patrimônios familiares. Criou-se a lenda, tão comentada na conversa informal, “planta mato, deita na cama e deixa o pau crescer”. O exagero no cultivo, junto à acácia negra, criou o deserto verde, que ocupou terras fertíssimas com reflorestamento.
A planta, com o tempo, ganhou outras utilidades, quando deu matéria-prima aos fornos (de carvão vegetal) e madeireiras. O plantio tornou-se abundante e dominante nas encostas dos morros e baixadas em inúmeras propriedades minifundiárias.
Os filhos e netos abandonaram o meio colonial e a solução foi dar uma viabilidade financeira, futura, aos patrimônios familiares. Criou-se a lenda, tão comentada na conversa informal, “planta mato, deita na cama e deixa o pau crescer”. O exagero no cultivo, junto à acácia negra, criou o deserto verde, que ocupou terras fertíssimas com reflorestamento.
O eucalipto originou um falatório
impróprio quando com o seu elevado consumo de água, teria secado arroio, fontes
e nascentes. Atribuiu-lhe esta fama ingrata com razão de escamotear
outra realidade. A extração massiva da água, em função dos muitos e profundos
poços artesianos, provocou o abaixamento do lençol freático.
Cidades inteiras, distantes de rios maiores, veem-se abastecidas do subsolo, quando chega-se a milhões de indivíduos. As chuvas advêm e a água decorrente, como uma esponja, some em questão de horas ou dias. Os espertos, aos quatro ventos, e em voz em alto volume, saem a dizer: “-Culpa do eucalipto!”
“O periquito come o milho e o papagaio leva a culpa”.
Cidades inteiras, distantes de rios maiores, veem-se abastecidas do subsolo, quando chega-se a milhões de indivíduos. As chuvas advêm e a água decorrente, como uma esponja, some em questão de horas ou dias. Os espertos, aos quatro ventos, e em voz em alto volume, saem a dizer: “-Culpa do eucalipto!”
“O periquito come o milho e o papagaio leva a culpa”.
O
eucalipto pode ter sua culpa, porém não é o fator principal. Inimigos da
planta, com outros interesses econômicos, clamam esta fala quando outros sem
maiores experiências na área acompanham o raciocínio.
O
interesse de grupos econômicos em jogo desvia a atenção da questão central do problema
da água, com razão de auferir grandes lucros e ausentar-se de investimentos
milionários na armazenagem do líquido.
Guido Lang
Livro “Histórias
das Colônias”
Crédito da imagem: http://epdnews.wordpress.com/2012/06/11/minhas-experiencias-xxi/chachoeira-de-agua-boa-para-consumo-em-mambukal/