O
solteirão, morador das grotas, carecia de maiores chances de arrumar e
constituir relações. A solução consistiu em improvisar e pagar intimidades!
A
situação financeira, como trabalhador braçal, via-se parca e sofrida. Algum
enamoramento, diante da escassez feminina, via-se difícil e restrito!
A
situação, diante dos “favores e necessidade da ímpar fruta”, consistia em abrir
a mão! O jeito, diante das particularidades, foi improvisar um estranho escambo!
O
beltrano, na sexualidade, precisava e sofria muito. A fulana, afamada e curtida
na praça, foi requisitada. Ela, diante da carestia e cotação, superfaturou os
favores e mimos!
O
indivíduo, “um eterno pé rapado”, concordou na contrapartida em serviços. Um
préstimo, como trabalho, valeria por certo número de horas. O instinto
sobrepôs-se a razão!
Este,
com arado, enxada e semeadeira, labutava dois dias e meio de jornada por uma
degustação. O contratado, por escassos serviços, lavrou, limpou e plantou a
inteira roça!
A
senhora, no final, colheu abundante e magnífica safra. Os parcos instantes, ao
jornaleiro, custaram sangue e suor. O comentário próprio difundiu o esdrúxulo acerto!
As
profissionais, na arte de satisfazer instintos, externam: os homens, com
carências, prometem fundos e mundos; satisfeitos, nos desejos, ignoram palavras
e promessas!
Os machos, nas privações íntimas, submetem-se aos abusos e ônus.
“Cada qual sabe onde o sapato mais aperta e machuca”!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”
“Contos do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.zanotti.com.br/blog/?p=3376