A mulher, a título de
compras e visitação de lojas, dá sua tradicional saída ao grande centro. As
pessoas, na aparência, parecem desconhecer e estarem indiferentes a alheia vida!
Ela, na saída,
procura fugir da monotonia e rotina. A ideia consiste em respirar outros ares.
O fato, numa tremenda casualidade, dá-se numa quarta (tarde do clube da dança).
O parceiro, com
tamanha arrumação, desconfia da inocência. Ele, ocupado na jornada de trabalho,
“fica de mutuca”. Um teste para avaliar à companhia!
A cidadã, no embalo
da saída, dá uma passada no bailão. Alguma amiga une-se ao festerê (festa). Os convites
e propostas, das partes masculinas, mostram-se rotineiros!
Esta conhece e
encanta-se numa acalorada companhia. As danças, cervejadas e conversações tomam
vulto. O “amigão” descaso faz ou ignora a condição matrimonial!
A surpresa, num
imprevisto momento, ocorre com a invasão do espaço. O marido, muito enraivado,
coloca os ares da presença. O casal novo, em altos afetos, vê-se nos apuros!
O invasor, ignorando
explicações, “sacode o patrimônio e leva do ambiente”. Uma cena esdrúxula,
diante de olhares atentos, “enchiam de bálsamo conhecidos e estranhos”.
Alguém, na era da
informação, comunicou a empleitada. A aventura mexeu certamente com as
estruturas do casamento. O mundo ficou pequeno! As notícias correm!
O sentimento de posse, entre casais e enamorados,
encontra-se acirrado. Um olhar, no reverso da moeda, ostenta-se sabedoria dos
precavidos. A roupa suja, conforme o conhecimento popular, lava-se em casa!
Guido Lang
”Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
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