A jovem estudante, com desejo de
ascensão profissional, tomou o caminho da universidade. Esta, das colônias,
dirigia-se semanalmente à cidade grande!
A necessidade consistia em conciliar
estudo e labuta. A cidadã, no contexto da saída de aula, comentou casualmente
um detalhe da existência. Ela, nos finais de semana, precisaria retornar a
residência!
O trabalho, como necessidade e
obrigação, encontrava-a no aguardo. As tarefas, de ordenhar vacas e tratar
lotes de frango, aguardavam nas instalações. O dinheiro, no seio familiar,
precisaria ser gerado para custear dispêndios de formação!
Os colegas, criados e educados na vida
urbana, arregalaram os olhos e mexeram os beiços. Eles pareciam inacreditar!
Alguns pensaram estar ouvindo alguma lorota ou piada!
A produção carecia de ser encargo. A
universitária, em função do laborioso e útil, sentiu orgulho da atribuição. A
oportunidade ímpar de arejar a cabeça e mente de cálculos e textos!
Os filhos, desde tenra idade no
interior, vêem-se criados e educadas na importância e valor do trabalho. Este,
em síntese, produz unicamente o milagre do aperfeiçoamento do espírito e da
matéria-prima!
O indivíduo, conhecendo a dificuldade
de ganhar salário, aprende a dispender com parcimônia e
racionalidade. A dificuldade de fazer sobrar revela a real noção do poder de
compra do dinheiro!
O espírito laborioso, nos seios
familiares rurais, revela-se princípio e valor existencial. O conhecimento e
vocação produtiva transmite-se em meio as convivências com criações e
plantações!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”
Crédito da
imagem: http://foguinhoeventos.blogspot.com.br