O acanhado filho das
colônias, morador da linha, optou na arte. A tradição agrícola, na agricultura
familiar de subsistência, seria persistida. A estrutura, em ferramentas,
instalações e terras, existia no campo. Os produtos, na lavoura, seriam a base
dos dividendos e lucros.
O sistema, em séculos
de atuação, advinha no sustento da estirpe. As carnes, lácteos, melados e ovos caíam
na produção. A circunstância, nas mutações da modernidade, incorreu no inviável
custeio. As exigências, em cláusulas e leis, conduziram a custos e interdições.
O Estado, no negócio
das vendas, infligia um punhado de restrições. Abates, no domínio, saíram
inibidos. Ovos, na criação (caipira), faltavam de preço. Leite, na baixa obra, incidia
no “encoberto escanteio”. As doçuras, no período da safra, andavam no baixo valor.
Os parcos ganhos, no
investimento e tardança, resultaram na necessidade de novéis melhorias. Os
progressos, na permanência da profissão, careciam de empatar. O emblema, no epílogo,
processou-se em seguir as cobranças ou relegar os legados.
O efeito, no habitante
rural, incidiu em empregar-se na construção civil. O dinheiro, na falta de maiores
investimentos, caía certo, porém muito escasso. Os encargos, na demanda
trabalhista, foram deixados ao patrão. Mudanças, no basilar ajuste, sobrevêm na
tecnologia.
A existência,
na sobrevivência, defronta-nos no continuado dilema. Os consumos, na acessão
social, obrigam a ganhos e jornadas estafantes.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://memoria.ebc.com.br/