A senhora moça, em
bailados, sobrevinha na “fina flor do campo”. A vaidade, no granjeado poder
aquisitivo, admitia os “encantos do consumo”. O vestuário, na “paridade de
manequim”, acorria na maneira. Os pares, no apelo da dança, concorriam em
acobertada fila. Os malandros, no calejado da arte da sedução, afluíam nos
banais elegidos. Os acanhados, em medrosos e modestos, caíam no contínuo
rejeite (“carrão” da aparente modelo). O certo sujeito, na qualidade de desprezado,
concorreu na amizade e paciência. A conversa, no ensejo de “olhar vitrine”, incidia
no diálogo e saudação. O elogio, no “desfile nos recintos”, trazia especial
alento (ao ego). A sina, na imprópria escolha (na evolução da idade), regeu na associação.
A fortuna, no coração, sobrepunha-se ao teor da superficialidade das
aparências. O familiar, na pertinácia, assumiu apreço e ocasião. O aparente
impossível, no atual, poderá ser possível no amanhã. As circunstâncias, no ensejo do tempo, modificam aspectos e interesses.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: https://brunoaxm.blogspot.com