Os
insetos, como baratas e formigas, faziam a festa. O bicharedo, na escuridão e
sombra, encontrava propício ambiente de esconderijo, repouso e trânsito na
residência!
Inimigos
naturais, eventuais morcegos e pássaros, careciam do acesso. A proliferação, aos
olhos humanos, entendia-se como inconveniente e nojenta companhia!
Os
organismos, na calada, circulavam de forma adoidada e livre. A surpresa, aos
ingênuos, sucedeu-se numa ocasião. O afluxo, pelo cheiro adocicado, viu-se
atrativo convite!
O
açucarado, alimento básico, espalhou-se como mimo. Os apressados e esfomeados, na
confiança e firmeza, sugaram partes do adocicado néctar!
A
desgraça transformou-se em uma hecatombe. O genocídio, com o inseticida (K-Othrine
SC 25), havia feito uma limpeza. O preparado, açúcar com veneno, fora sugestão
de receita da vizinha!
A
perigosa mistura fizera excepcional limpeza. Os extermínios haviam sido
parciais no outrora. Novas fórmulas, de maior ação e poder, instituíram-se no
controle dos indesejados!
Os
humanos, de forma sutil, inventam e reforçam as fórmulas de propagar a morte. O
indivíduo, com ingratos e impróprios, precisa controlar a paciência e a tolerância!
Os mimos, no geral,
escondem segundas intenções. Ao fraco, na presença dos fortes, convém
desconfiar dos indigestos pedidos e surpresas!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://curiosidadeanimal33.blogspot.com.br/