O vizinho, na divisa
dos domínios, processou ação e ceifa. O mato natural, na dimensão de estimado
metro de propriedade do vizinho, entrou terras adentro. O achegado, no amigo
das recíprocas partes, advertiu do decorrido. As árvores, na farta madeira de
lei e nobreza das espécies, acabaram abatidas e colhidas. O fruto, na lenha,
acabou aproveitado ao carvão (em fornos). O dinheiro, na receita, reverteu no acrescimento
do cortador e invasor. O lesado, na justa conta, solicitou aclaração e indenização.
O argumento, na imputação de autoria, foi do autor lavrar denúncia do
proprietário (no órgão competente da inspeção ambiental). O causador, na década
posterior, faleceu na precoce doença. A ambição, na afeição ao dinheiro, floresceu
no magro cálculo. O Ricardão, no carro novo, circula nas benesses da fortuna da
consorte. As querelas, nas relações entre vizinhanças, averíguam-se casos banais.
A correção, no unido das atuações e confissões,
incide na melhor decisão e riqueza.
Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”
“Fragmentos de Sabedoria”
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