A criança fora criada
de maneira frouxa e solta. A família de baixa formação escolar e familiar absteve-se de
externar explicações e orientações. O guri, em tenra idade, mandava no “próprio
nariz”!
Os ambientes e
companhias, na melindrosa e povoada vila, incentivaram os “escusos caminhos”. As disseminadas drogas, no crack e maconha,
ganharam novo consumidor!
A vida, em boa dose, canalizada
a “doação às porcarias”. A sobrevivência, no custeio ao vício, tornou-se ardilosa
e um contínuo desafio. Os débitos incorriam nas ameaças de morte!
A esperteza, na autopreservação,
tornou-se precaução! O camarada, da vizinhança, ganhou admiração da longa vida.
Amigos e parceiros careceram de merecer idêntica sorte!
A habilidade, na sobrevida,
consistiu na criação das amizades. Os moradores foram poupados dos delitos. Os roubos,
de pequena monta, abstinham-se na própria vila!
O dinheiro, na
essência, advinha dos ganhos dos idosos pais. A tragédia, por tempos, pareceu
postergada. As drogas, na acentuada propagação, redimensionaram a civilização!
As escolhas, na tenra idade, definem a essência dos
caminhos. A sobrevivência, no agitado e conturbado mundo, exige esperteza e habilidades
nos relacionamentos!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://www.fatoreal.blog.br/artigos/o-velho-problema-das-drogas/