A filha chora! Os
pais compadecem-se da situação. A mãe procura averiguar as razões! O casal, no
ambiente da fila do caixa do supermercado, não quer fazer feio e passar vexame!
A causa relaciona-se
a carências de créditos no celular. O genitor, com os últimos reais na
carteira, resiste aos apelos e pedidos. O escasso numerário deveria atender
outras necessidades e prioridades familiares básicas.
A choradeira e
teimosia, em meio ao observar alheio, sensibiliza os responsáveis. Eles, em
função da esperta insistência, optam pela compra do cartão. O celular, no interior
dos seios das famílias, transformou-se um bem de primeira!
Artigos de consumo, com
razão de economia familiar, conhecem a abstinência ou redução (como forma de reduzir
custos). As possibilidades de ligações, no entanto, não podem carecer aos amigos
e conhecidos!
Inúmeros usuários, de
maneira geral, encontram-se viciados no manejo dos aparelhos. Estes, a todo
instante, vêem-se consultados e manipulados. Alguns abusos e usos chegam às
raias do ridículo!
Alguns consumidores
parecem ostentar a telefonia como razão vivencial. Estes andam para cá e para
lá sem nunca desgrudar (um segundo sequer) alguma mão do artefato. Outros nem
podem conceber-se sem o tal do celular!
O endividamento familiar, em boa dose, explica-se pelos excessivos
dispêndios em comunicações e transportes. As pessoas, para telefonia, veículos
e vícios, costumam angariar e ostentar dinheiro. Os filhos menores, em inúmeras
circunstâncias e situações, direcionam e mandam nos desígnios paternos!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
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