A
cachorrada, comum nos pátios rurais, conhece cedo sua sina. Uns andam livres e
soltos pelos cenários. Outros experimentam o poder e prisão das correntes!
O
detalhe decorre da agressividade e comportamento. Uns adoram avançar sobre aves
e visitas. Outros mostram-se amigos e parceiros! Os seres comportam-se atentos
e vigilantes!
A
domesticação, somada ao instinto, define os trâmites das atitudes. O animal, carneador
das galinhas, desconhece maiores chances de sobrevivência!
As
famílias, pela tradição rural, apelam à doação ou eliminação. As constantes e
incessantes incomodações e perdas monetárias levam a radical decisão!
Algum
eventual, agressor ou mordedor dos donos, brinca com a sorte. Este dá cheque
mate. O controle humano, sobre as domesticadas
feras, define o desfecho da existência!
Os
animais, pelos relatos orais, seriam no comportamento o reflexo do espírito dos
proprietários. As pessoas agressivas e desconfiadas encher-se-iam de raivosas
feras!
As
famílias amigáveis possuem animais pacíficos e tranquilos. Os forasteiros e
vizinhos, sem maiores preocupações e temores, aconchegam-se a conversa e
visitação!
As
criações e plantações, no interior das propriedades, espelham o capricho e
trabalho. Quaisquer viventes, nos detalhes, vislumbram o espírito dos
residentes!
A cachorrada, nas
caladas da noite, circula como verdadeiro bando de andarilhos e feras pelos
ambientes coloniais. Alguns cães, pela afinidade com criadores e excepcional
domesticação, parece faltar somente falar!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.tribonews.com/