Guido Lang
O colono, na arte do fabrico do melado (“Schmier”),
moeu o amontoado de cana. O trapiche, na força animal, espremeu as “muitas
varas”. O caldo, na extração sucessiva, foi cozido no progressivo. O calor, nas
consecutivas horas de aquecimento, extraiu excessos de umidades e reuniu as
inseridas impurezas. O fabricado produto, resfriado e inserido nos vasilhames,
conduziu na apreciação das migalhas (no mantido tacho). A criançada, em “escadinha
de filhos”, afluiu com colheres em punho. A Schmier, em robustas colheradas,
viu-se raspada e reunida à degustação. Os sucessivos lambe-lambes, no amplo recipiente,
conduziram em um ambiente melecado para a gurizada. O doce, no disseminado, foi
à alegria e o apetite dos insetos. As crianças, no desfecho da degustação,
sobrevinham imundas na aparência exterior. O idêntico, no melecado, acontece
aos desonestos e mentirosos. Estes, na antecipada hora, verificam-se enlameados
na própria sujeira. “A mão do correto e justo (Deus) perpassa por toda a Terra”.
Livro: A Ciência dos Antigos
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