O celular, no aturado
e devotado uso, instituiu bisonho modelo de ente. A espécie, em decorridos tempos,
acorria na profecia da ciência. A comunicação, na facilidade da telefonia (na
globalização), criou “tipos sui generis”.
Os sujeitos, no birrento vício, “cunharam calo no dedo”. O escolhido, no
preferencial, advém no polegar. A manipulação, no corriqueiro treino do teclado,
descreve incrível aptidão e noção. Os olhos, no afixado e irredutível do painel,
consistem em “navegar na esfera virtual”. Os acontecimentos, nas adjacências e associações,
semelham fluir na abnegação e apatia. A apreensão, no comum, sobrevém nas
bisbilhotices e frivolidades sociais. O receio, na inclusão das notas, perpassa
em sensata fofoca transcorrer no despercebido. As informações, na absoluta
maioria dos divulgados, aspiram tempo e delineiam inutilidade. A pessoa, no
senhor do próprio tempo, presta conta dos consumos e práticas. Os exageros, no exercício trivial, acorrem em
dispendiosas e indevidas podridões.
Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”
“Histórias do Cotidiano Urbano”
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