O agricultor, filho
das colônias, visualizou horizontes e probabilidades. Os antigos, na
observância cautelosa da progenitora natureza, conceberam ciência. O jerivá, no
decurso dos veranicos (na essência da invernia), deu as caras do admirável florido.
Os produtores, no aquecimento do solo, vislumbraram expectativa da produção. O
milho, na plantação, incorria nos iniciais sinais do propício. A estação, no
calendário (gregoriano), descreve somente época de junho. O inverno, no rigor,
parece suceder no desfecho de julho (Hemisfério Sul). O fato, na zona
subtropical, reforça a envelhecida dúvida. O natural, nos humores de São Pedro,
caminha desajustado na direção e função. O aquecimento, na baixa compleição da friagem,
incide na ocasião. Culturas tropicais, outrora ceifadas nas geadas das caídas,
sobrevivem no ativo das baixadas. As espécies e técnicas, na lavoura, sobrevêm
na avaliação dos roceiros. O sujeito, na
condição de mentiroso, precisa apenas falar na mutação do tempo.
Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”
“Fragmentos de Sabedoria”
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