O pássaro, no espaço
do arvoredo, cercava ocasião. O chupim, no instinto da procriação, buscava depositar
ovo. O alheio ninho, no tolo tico-tico, auferia primazia e tradição. A gênese, na obstinação de prole, transcorria
no intento. A mãe, nas cercanias do ninho, tratava de enxotar indiscreto. A
persistência, no intruso, conduziu na introdução do ovo. O cansaço, na guarda,
inviabilizou rejeite. O idêntico, na expressão humana, sucede em sensatos aventureiros
e oportunistas. Os sujeitos, na laia de híbridos e garanhões, ficam no aguardo
dos momentos. As loiras e viúvas, no especial das filhas das colônias,
verificam-se “exato prato”. Os encostos, na casta de desabonados, delineiam
ascensão social. Inúmeras damas, na carência de opção no “mercado dos casórios”,
acolhem chamarizes e convites. A cama e mesa, no acanhada faina, afluem cobertas
no alheio suor. A nota, na circunstância, calha na insinuação de censurável. A pessoa, na vida, atrai aquilo que faz
jus.
Guido Lang
“Fragmentos
de Sabedoria”
Crédito da imagem: http://animais.culturamix.com/