01. Para extremas moléstias, exatos métodos de
tratamento são os mais poderosos.
02. Uma doença em que o sono faz mal é mortal; a
moléstia em que o sono alivia não o é.
03. Nem a saciedade, nem o apetite, nem nada que
seja além do natural é bom.
04. A fadiga não provocada indica moléstia.
05. É mais fácil recuperar as forças com alimentos
líquidos do que com alimentos sólidos.
06. Em estado de fome, não se deve fatigar com
trabalhos.
07. Os alimentos de assimilação rápida produzem
também evacuações prontas.
08. Quando um convalescente come bem e não engorda
é um sinal desfavorável.
09. Em todas as moléstias conservar a inteligência
lúcida e o gosto pelos alimentos é um bom sinal; o contrário é mau.
10. As pessoas naturalmente gordas estão mais
sujeitas à morte súbita do que as pessoas magras.
11. Quando o verão é parecido com a primavera, as
febres se acompanham de muitos suores.
12. Em relação ao tempo, em geral, o tempo seco é,
geralmente, mais saudável do que o tempo úmido e de menor mortalidade.
13. As coisas frias, tais como a neve e o gelo, são
inimigas do peito, provocam a tosse, as hemorragias e os catarros.
14. Quando uma pessoa tem sede, e readormece depois
de beber, é bom sinal.
15. O soluço desaparece quando sobrevêm os
espirros.
16. O aparecimento de varizes ou de hemorroidas nos
atacados de loucura cura-os.
17. Quando o medo ou a tristeza duram muito tempo,
há um estado melancólico.
18. Os ferimentos do cérebro são seguidos sempre de
febres e de vômitos biliosos.
19. Os delírios de motivos alegres são mais
benignos do que os de motivos sérios.
20. Quando o cérebro se esfacela, os doentes morrem
em três dias; se excedem esse tempo, se curam.
21. O sono e a insônia, além da medida, são sinal
de moléstia.
(Fonte: extraído dos Aforismos de Hipócrates, São Paulo, Editora Martin Claret, 2003,
pág. 133).
Obs.: Aforismo significa máxima, proposição, sentença. Hipócrates (460 a.C– 356 a. C.) é considerado
o Pai da Medicina.
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