A moradia, nas
décadas de instalação e habitação, parecia imune a violência dos fenômenos
naturais. Os registros desconheciam referências de enchentes, raios e ventos!
O progresso, na
achegada do asfalto, transformou o pacato lugarejo. As parafernálias
tecnológicas, com celulares, Internet, motores e parabólicas, viram-se difundidas!
O amontoado de aparelhos,
instalados nas cercanias e moradias, ampliou e reforçou as necessidades de
energia. O emaranhado de fios e ondas trouxe melindrosas suspeitas!
A outrora tranquila
localidade, na progressão, conheceu os fulminantes raios. As nuvens negras, no alvorecer
das chuvas, inspiram cuidados e temores da violência natural!
A aparelhagem, na
precaução e pressa, vê-se extraída das tomadas. Os moradores resguardam-se no
interior dos prédios. A modernidade mostra-se chamarisco das descargas!
A ionização favorece a
disseminação das energias. A vida reside próximo aos perigos. A natureza, nos
abusos, vinga-se no imprevisto. Causas geram efeitos na realidade!
O cidadão, no cotidiano das vivências, resolve uma
necessidade e cria outro problema. O conhecimento empírico desafia a astúcia da
comprovação científica!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://www.jardimnovacachoeira.com.br/2013/01/raios-e-trovoes.html