O morador, cansado da
colônia, resolve comercializar propriedades e terras. O vizinho, no desacerto
de valores, reluta em pagar o solicitado. O desacerto inviabiliza a transação!
O destino, pós-filhos
crescidos e formados, consiste em tomar o caminho da cidade. O abandono dos
bens e torrão, herança dos ancestrais, vê-se realidade. Chega da sofrida vida!
A conversação, no
pré-estabelecido horário de visita, vê-se o momento da rodada de comercialização.
O vizinho comprador, na mesa, assenta-se à aquisição!
O mercador, na
presença do casal vendedor, estende os maços de dinheiro. As cédulas vivas
assombram e impressionam a parte. Os volumes reúnem a quantia ofertada no
imóvel!
A família, no à vista,
distende-se no abatimento e desconto. O negócio, em escassos instantes e
palavras, vê-se concretizado no descuido dos desacordos e resistências!
O dinheiro, na
exposição em montes, exerce deslumbre e domínio. As fantasias e imaginações, em
compras, criam voo. As pessoas quebram barreiras e oposições!
Os valores, sem dividendos,
escorrem das mãos. Inúmeras vendas, no impensado, acabaram corroídas pela
inflação. Alguns, no cochilo, viram-se pobres no imprevisto!
“Melhor um passarinho na mão do que um punhado voando nos
lugares”. Terras, na instabilidade monetária, verificam-se garantias concretas como
posses!
Guido Lang
“Crônicas das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.ecoturismoaventura.com.br/