Os coros, espalhados
no interior das localidades, são uma forma de avolumar amigos, conhecer
lugares, cultivar o canto, promover frequência/público nos eventos... A música,
nos encontros festivos, fúnebres e religiosos, ostenta-se a divina exaltação da
cultura humana!
Os ensaios,
convocados e pré-combinados pelos regentes, ocorrem em dias semanais. Os locais
relacionam-se as sedes das sociedades comunitárias. Os cantores leigos praticam
um show de vozes! As canções, costumeiramente em alemão e português, são peças
das grandes composições do gênero humano.
Uns cantores
participam décadas nas entidades. Eles, com milenar número de apresentações e
ensaios, já educaram e treinaram a voz. As entidades, com uma a duas dezenas de
membros cantores, entoam lindas e maravilhosas melodias!
Um morador, admirador
e amigo de inúmeros participantes dos corais, tratou de externar uma ímpar
observação. Este, apreciando as diversas
vozes, admirou-se da vocação musical de leigos! Uns poderiam perfeitamente
integrar os grandes corais espalhados pelo mundo.
O fulano, aos amigos
membros, falou: “- Imagina quem canta tão bem no interior dos coros! Umas vozes
refinadas e treinadas à sétima arte! Estes, no conjunto dos ouvidos das
companhias íntimas, devem externar alguma cantoria e ladainha sublime e
particular melhor ainda!” As pessoas, em quatro paredes, revelam os dons mais nobres
do espírito!
O canto, nas entidades de cantores, revela-se um esteio da
cultura colonial. A música, como o dinheiro, enfeitiça quaisquer polidas e sublimes
almas. O indivíduo, de alguma maneira, precisa cultivar os dons e as vocações.
Guido Lang
“Singelas Crônicas do
Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://coralfcmscsp.blogspot.com.br/