O indivíduo, modesto
observador, acompanhou os afazeres e atropelos da extraordinária construção. Os
apontamentos, no projeto, descreviam o desenrolar do empreendimento!
O pedreiro, tarimbado
na construção, seguiu a risca o desenho. Os trabalhos, por meses, estenderam-se
na edificação. O equívoco, na fragilidade, saltava aos olhos!
O curioso, nos
concretos e pedras, reparou fragilidades nas minúcias. A instalação, na altura,
auferiu a cobertura. O indiscreto, na acidental ocasião, ficou intrincado no
telhado!
O observador, na
presença do construtor e dono, externou a incongruência. O morador, como filho
das colônias, conhecia as esporádicas anomalias das intempéries!
Os avisos, na fraca
amarração, foram nulos aos ouvidos. As chuvaradas abateram-se no cenário. O
módico vento, no brusco redemoinho, alevantou e danificou a construção!
O vultoso prejuízo recaiu
no proprietário. A admiração foi ampla: “- A boca grande tinha antevisto outro
drama”. O episódio assemelhava indiscreto acerto e presságio!
Uns, pelo
conhecimento e experiência, possuem apurados sentidos. Os naturais, nas décadas
de inteiração no ambiente, assinalam os casuais da região!
O conselho, “ouça com
atenção e antecipa as ressalvas”, ostenta-se admirável sabedoria. Os anos, ao
prudente observador, contam e instruem exemplos da essência!
Os alheios sujeitos, nas primeiras visões, detectam
detalhes despercebidos aos abrangidos. A inteligência e raciocínio diferem
conforme aptidões e profissões!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://laurawlemos.blogspot.com.br/2010/03/ao-convite-do-vento.html