A proprietária, na
casa grande, acorreu na locação e saída. O dinheiro, em recebido de aluguel, acudia
na sorte (de antecipada aposentadoria). A limpeza, no amplo espaço, caía no
inutilizado e ônus da faxina. O recurso, em arrendatário (“escolhido no dedo”),
acorreu na instalação e usufruto. Os fundos, em cubículo (da mansão), incidiram
no abrigo da patroa. O quadro, em escasso tempo, alardeou inversão dos denodos.
O sem teto, em afiançado ente, assumia aparências de ostentação. A dona, em abastada,
assumia aspectos de mísera. A diferença, em crédito, afluía nas prioridades. O inquilino,
na peculiar essência, queria vivenciar encantos (da ocasião). A acessória, em norma
do acúmulo, mirava avigorar reservas (na esperança de ralar menos). O complexo,
no transcurso da locação, versa em sobrar grana. O superávit, em múltiplos gastos,
afluí em obra-prima. O aluguel, em infames trinta dias, consume irrecuperável
montante. A vida, na economia, calha em
escolhas e sequelas.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://epoca.globo.com/