A mãe, depois de
muitos estudos e trabalhos, tornou-se uma conceituada e respeitada educadora.
Ela, numa universidade pública, ostentava-se ativa profissional!
Estudantes, as centenas,
passaram pelas aprendizagens e cobranças. A dedicação e formação, contínua e
massiva, levou a conquistar alta graduação e renumeração!
O salário dava para
comprar os sonhos de consumo. O problema, diante da concorrência e tempo,
relacionava-se a questão familiar. A convivência via-se em falta!
As vivências, como
enviuvada senhora, mostravam-se escassa. O filho único ganhava escassa atenção.
Este, na maior parte, criava-se entre os estranhos!
O tempo, noutros
momentos, via-se ocupado com os constantes jogos no videogame. Este, como
próprio da idade, revelou-se uma obsessão! A vida fácil tornou-se a filosofia!
A genitora, para preencher
as carências, resolveu compensar as ausências. Ela, como brinde, comprou
potente carro. Ele, com os amigos, “saia às corridas e festas”!
O “brinquedo”, na
imprudência juvenil, revelava-se chamarisco para tragédia. As loucuras na
direção, diante da ausência policial, viam-se uma corriqueira sina!
Uns, na tenra idade,
brincam com a vida. O vigor parece infindável diante das muitas facilidades! A
formação nem sempre revela-se a prioridade básica!
Os filhos, na proporção de tê-los, exigem e precisam da
convivência. O material, no geral, carece de preencher o vazio das ausências!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.car.blog.br/