O filho das colônias,
no ambiente das encostas, reside no lugar ermo. O acesso, na estrada de chão
batido, vê-se complicado. A estreita e íngreme via cai no arrojo e peripécia. O
trabalho urbano, no deslocamento diário, revela-se moroso e oneroso na sobrevivência.
O prático, no chão dos ancestrais
(fruto do despojo), reside em usar a boa e refrescante atmosfera. O aclive oferece
a peculiar visão. A vida, na tranquilidade do interior, incide na pretensão. As
cargas urbanas, no abuso das cobranças, permitem safar-se dos ônus.
O pormenor, no aramado terreno,
sucede na beleza e capricho. O gramado, no tapete verde-escuro das gramíneas, circula
a paisagem residencial. A fertilidade, no solo massapê, palpita aos distraídos olhares.
Quaisquer plantações sobrevêm no provável encanto.
O engenho, na criação de galinhas,
sobrevém no ambiente. A dúzia e meia de unidades fluem alforriada. O utilitário
vê-se na produção de carne e ovos. A exuberância vegetal absorve os escassos dejetos.
As caipiras, no proveito, substituem custosos cães e gatos.
A
conveniência, na força da economia, precede a distração. O indivíduo, na instalação
de morada, força-se a apurados desígnios e pretensões.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.cpt.com.br/