Um profissional,
recém formado numa universidade, precisou enveredar pelo trabalho. Este, filho
de colonos, pediu o cargo numa povoação em formação.
O cidadão, como
professor, quis labutar numa miserável vila próxima a casa. Este, como utopia
de iniciante, queria cumprir sua missão de “extirpar a burrice e miséria do
mundo”.
O profissional, nos
encontros das primeiras aulas, recebeu ameaça do filho do traficante. Este,
pouco interessado nas cobranças e estudo, “ameaçou em dar um jeito no recém
nomeado mestre”.
O moleque, no meio da
aula e diante de colegas, questionou a autoridade do educador. O menino, sem papa
na língua, falou: “- Professor! Vou te dar um tiro!” O objetivo consistia em amedrontar
e suavizar as cobranças!
O educador, olhando
olho no olho e numa serenidade ímpar, respondeu: “- Fulano! Se acontecer alguma
coisa para mim! Aproveita, junto a teu pai, encomendar o meu e o teu caixão. Os
meus, em qualquer canto desse mundo, darão um jeito te achar!”
O comentário posterior
foi: “- Não dá para meter com esse cara”. O guri, lá adiante, tornou-se um
amigo e parceiro. O professor, como lembrança, tinha o menino como referência (na
sua curta jornada). O pulso firme, em momentos e situações, não pode faltar e
fraquejar!
A firmeza de posições, em meio ao diálogo e um norte como
princípios, evita aborrecimentos e atropelos futuros. A coragem e ousadia mostram-se
uma virtude dos fortes de espírito. Os moleques, alheios a companhia da gangue,
mixam-se por muito pouco!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do
Cotidiano das Vivências”
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