Os pais, filhos das
colônias, criaram e educaram os rebentos na pequena propriedade familiar.
Criações e plantações, no manejo da terra, sucediam na propriedade particular.
Os preceitos, nas
lidas rurais e valores existenciais, incidiam na classe de aprendizes. Os guris,
no interior das estâncias, auxiliavam os pais. As meninas, nos afazeres
domésticos, ajudavam as mães. A convivência, nas muitas conversas, envolvia a preferência
partidária.
A opção, por partidos
defensores da iniciativa privada, advinha no desejo e histórico. O exemplo do
leste europeu, no cercamento e imposição do socialismo, inspiravam rejeição e temor.
As agremiações de esquerda, na sovietização, incorriam na arenga e suspeita.
Os genitores
pereceram no tempo. Os filhos constituíram famílias. Princípios, no avanço da
tecnologia, acabaram redimensionados e revisados. Os discursos de esquerda
tornaram-se primazia. A socialização, no camuflado estatal, criou irreconciliáveis
divergências.
Os modestos, na
estirpe, abraçaram as esquerdas. Os abonados seguiram as facções da direita. As
conversas e visitas, em climas de campanha, faltaram nas famílias. O tema, nas
conversas, mostrou-se abstraído. O abandono, nos conselhos, introduziu o
distanciamento.
As diferenças econômicas, no tempo, criam as classes.
Futebol, política e religião, no ardor e debate, acirram contestações e
odiosidades.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Vivências”
Crédito da imagem: http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br/