O filho das colônias,
na modesta aposentadoria, adquiriu chácara. O objetivo foi safar-se das aglomerações
e confusões das cidades. As aflições cunharam estresses e neuroses!
O convívio, na natureza,
admitia acomodada existência. Os parentes, no bom número, achegarem-se ao ambiente.
Os finais de semana enchiam-se de gente e veículos!
A ideia, nas idas e
vindas, foi de trazer amigos, “cachorros”, enteados, genros, namorados, netos, noras...
O dono, na altitude, observou-se taxativo em abrandar excessos!
O recado, aos amigos,
foi: “- Vocês, chegados, aconchegam-se de bom grado. Quero distância de trazer
estranha gente. Careço de obrigações com curiosos e desconhecidos!”
“Uns alimentam melindrosos
interesses e negócios. Outros se mostram meras cargas e transtornos. O juízo consiste
em abreviar acidentais aborrecimentos e dispensáveis gastos!”
As delongas, nas frequências,
abarcam ofertas. As multidões demandavam mimos e regalias. O local, na alheia manutenção,
permitia fáceis férias e magníficas hospedagens!
O cidadão, em momentos,
necessita instituir limites. Os companheiros, dos parentes, carecem da especial
proximidade. Vários, no peculiar ensejo, viam-se em exclusiva ocasião!
A boa vontade desanda
em exageros e gastos. Os peregrinos batalham para criar conveniente espaço. Solicitações,
nas frequências, precisam ser restringidas ao círculo íntimo!
O sujeito, na afadigada vida, peleja para conquistar reservado
canto. Os afagos e confortos, no imprevisto, avolumam demasiada gente!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://brunabrb.tumblr.com/post/15753905545