O cara, na qualidade
de filho das colônias, cunhou-se na dificuldade e faina. A autossuficiência, no
domínio rural, regia aos parcos recursos. O dinheiro, na receita, fluía na deficiência.
A distância, na falta de condução, acontecia na aguçada caminhada.
As precisões básicas,
na base do aipim, feijão e ovo, incidiam no sustento. O estudo, na aguçada
curiosidade, conduziu a formação. A informação calhava na alegria e distração.
A abastança, na adiantada idade, perpassou na doação e reserva.
O sujeito, na farta alimentação,
direcionava a concentração. O agradecimento caía na obrigação. O Todo Poderoso,
na oração, incidia no apontamento e veneração. A afeição divina, no silêncio da
alocução, sobrevinha no adereço do repleto prato. O Criador benzera o ente.
O desperdício
decorria na habitual deficiência. As sobras entendia-se na afronta aos famintos
e necessitados. A sorte, na economia e razão, parecia aguçar a riqueza. As bênçãos
multiplicaram-se no diário dos afazeres. As hábeis mãos e a mente devem trabalhar
unidas.
O
consumo, no exato e necessário, sobrevém no bem-estar e fortuna. “Deus abençoa
a quem se afeiçoa”.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
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