O ancião, em velho solteirão,
expõe história e índole. A ambição, na capitalização, institui aspectos de ridículo.
O sujeito, em duas casas locadas (na cidade), avulta dividendos mensais. A
poupança, no banco, soma centena de milhares. Os gastos, em despesas, advêm nos
triviais biscoitos (de um e noventa e nove). O artifício, na pretensão do ajuntamento,
incide “em não consumir ovos com razão de precisar desperdiçar as cascas”. O indivíduo,
em finais de semana, devassa pátios. O intento, na invasão dos bosques e possessões,
versa em granjear frutos. Os abacateiros, em amanhados nos largos e roças,
advêm na dissimulada inspeção. O cara, na oportunidade, “caça os frutos”. Os itens,
na vasta ceifa, conferem-se escoados. O artigo, nas feiras e sacolões, acham ampla
aceitação e saliente preço. O colhedor, na “gratuita seara”, presta-se na obtenção
da matéria. A ação, no boato (rural), perpassa obscura conduta e índole. As pessoas, na ambição da grana, sujeitam-se
ao cômico e roubo.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
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