O casal, em falta de casa,
arrendou enorme mansão. A efetiva dona, em adjunto e fundo, coexistia em ares
de empregada. Os inquilinos, em pagantes da locação, perpetraram “feitios de abonados
e soberbos”. Os ares, em endinheirados, caíam externados (entre amigos e andantes).
As visitas, em ativas folias, convergiam em ocasiões (no recinto). O vistoso largo,
em bela residência, expunha imóvel (em dois luxuosos carros). A proprietária,
em feições de humilde criada, cuidava as minúcias do pátio. A mulher, em filha
das colônias, cedia belo imóvel. O tamanho, em filhos crescidos e unidos, perpassava
em delirante despesa e desperdício. O custeio e limpeza, em privativa ocupação,
conduziam em gastos e tempos. A cedência, em ganho, antecipou “simulada
aposentadoria”. O fato exibe: “As aparências, em corriqueiro, iludem-nos deveras”.
As pessoas, em qualidade de vida, optam em avalizadas e confortáveis. Os despossuídos, em ufania aos amigos, submetem-se
aos dispendiosos gastos.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://www.fazendasantacecilia.com.br/
Imagem meramente ilustrativa.